segunda-feira, 2 de maio de 2011

Onde param as grandes músicas?

   Não querendo dramatizar mas correndo um grande risco de o fazer expresso aqui a minha insatisfação face à grande maioria das letras das músicas de hoje que, e como se costuma dizer, entram por um ouvido a 100 e saem a 200 penalizando assim o maior ou menor sucesso que cada música poderia vir a ter.

    Estará a industria músical saturada? All Crap! Ela está é capitalizada...não há tempo para pensar em nada pois há que fazer dinheiro com os albuns! E não há cá exceções...nem para a Jessie J. . Ainda gostava de saber o cachet dela por espetáculo!


   È  verdade que não podemos generalizar mas salvo raras exceções, raríssimas, as letras são feitas em modo "se rima deixa-se estar" tornando-se assim vazias de significado.  Para mim, as letras de cada música deviam contar uma estória, ou quando muito aludir a um breve episódio de algo...como assim não é, depois surgem aqueles videoclips malucos que ninguém percebe muito bem do que tratam.

   Alguns cantores escrevem os seus próprios hits, outros optam ter ajuda de terceiros mas na realidade acredito não estar aqui a origem do problema ou na interpretação do cantor, ainda que considere serem ambas partes muito importantes do sucesso de uma música. A meu ver, o problema está sobretudo na letra pois se esta não for boa, mesmo o melhor interprete não consegue dar-lhe um significado (seja ele verdadeiramente sentido ou não).

   Letras de ontem, hoje e amanhã!

   Exemplificando! Celine Dion, Shania Twain, Michael Jackson, Abba, Bon Jovi, Elvis Presley, Brian Adams, Madonna, U2...e tantos outros, são alguns exemplos de cantores/bandas que não têm musicas de ontem, mas sim músicas de ontem, hoje e de amanhã pois vão passando de geração em geração. Não digo que seja apenas graças à letra mas a realidade é que esta ainda que contenha referências ao passado permanece atual e transversal a várias gerações. Claro que depois o talento do artista faz o resto.

Muitos podem atirar as culpas da "imortalização" de umas músicas e morte precoce de outras para as rádios mas eu não creio que assim seja pois as rádios passam o que as pessoas querem ouvir. Por vezes até chateia pois parece que não há mais músicas para pôr "no ar"...mudamos de estação e a música é a mesma.

Português de Portugal
Mas para não cair nos dramas do "antes é que a música era boa" ou "a música estrangeira é que é boa"  quero referir alguns exemplos nacionais que considero exemplares e que vão mantendo a música portuguesa viva e de saúde:

Deolinda, David Fonseca, Rita Guerra, Aurea (é novata mas já superou muitos que andam aí há anos no meio :-P), Gift, e mais alguns certamente contribuem para a minha felicidade mas que agora assim de repente  não me ocorrem;

Gostos são gostos e sempre ouvi dizer que não se discutem mas as opiniões são discutiveis!!!!

2 comentários:

  1. Os verdadeiros artistas cada vez mais são marginalizados...o que vende é a rapariga gira, é a "catchy song", aquela música que fica no ouvido, e que é uma grande me***. É triste que os sons dos "antigos" cada vez sejam mais esquecidos, e que sons e letras verdadeiramente musicais sejam até gozados. Não é fixe ouvir Ray Charles, Stevie Wonder, Aretha Franklin, ou em português Simone de Oliveira, Fernando Mendes, Fernando Tordo, Carlos Paião ou até António Variações. Mas já é giro ouvir músicas que inclui na letra sons como "babling", ou "chaching". (Será assim que se escreve? =P
    Ainda bem que ainda há pessoas que gostam de Música....

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  2. Não sei se reparaste mas em vez de Carlos Mendes escrevi Fernando Mendes...é que esse cantar, só mesmo na revista portuguesa...Espectááááculo =P
    Mas acho que deu para perceber a ideia. lol

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